quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

O SONETO DO OLHO DO CU




Duas histórias – literárias – da França:

Em 1869, Albert Mérat, um poeta parnasiano, publicou um livro de sonetos chamado L’Idole (O ídolo), em que descreve poeticamente, em versos rebuscados, o corpo da amada. Há, então, sonetos para cada um dos membros: soneto dos olhos, da boca, dos dentes, do nariz, da orelha, dos seios, do ventre, das pernas, do pé etc. Um banquete de anatomia.

Por essa mesma época, reuniam-se Verlaine, Rimbaud, Coppée e outros simbolistas, ou antiparnasianos, num grupo autodenominado “zutique” ou “zutiste”, termo usado para indicar desprezo, irritação com alguém. O objetivo desse grupo de poetas era ridicularizar os parnasianos e zombar de todos, até deles mesmos, com irreverência e bom humor.

Verlaine e Rimbaud (nem vou dizer que foram amantes, nem que eram homossexuais, isso é irrelevante) logo perceberam que faltava aos poemas de Mérat uma parte preciosa do corpo da amada: Le cul (o cu).

Assim, resolveram cobrir essa lacuna (sem duplo sentido, por favor!) e fizeram, a quatro mãos (ou a quatro dedos, sei lá!), o SONETO DO OLHO DO CU. Com o objetivo claro de zombar de Mérat que ficou tão puto, que nem posou para o famoso quadro de Henri Fantin-Latour, Le coin de table (Canto de mesa). No seu lugar, há um vaso de flores. Note-se que Verlaine está à esquerda e que era mais velho que Rimbaud, o que não impediu... deixa pra lá, nada de fofocas!

"Coin de table" - Henri Fantin-Latour (da esquerda à direita, Paul Verlaine, Arthur Rimbaud, 
Elzeár Bonnier, Léon Valade, Émile Blémont, Jean Picard, Ernest d'Hervilly e Camille Pelletan)


Algumas observações sobre o poema, seu estilo e dificuldades de tradução:

1. Palavra “cul” não está explícita no poema, mas somente no título;

2. Quanto ao título, “Le trou du cul”, literalmente seria “o buraco do cu”; mas aceitei a tradução mais comum, para nós, de “o olho do cu”;

3. Segundo o próprio Verlaine, ele escreveu os quartetos e Rimbaud teria escrito os tercetos;

4. Esse poema, juntamente com os demais, que compunham um conjunto, só foi publicado quase três décadas depois;

5. O poema é complexo, cheio de metáforas sensoriais, com palavras até mesmo arcaicas ou eruditas, com rimas ricas e raras, denotando todo o virtuosismo característico dos dois poetas, o que dificulta bastante sua tradução;

6. O poema tem, pelo menos, quatro versões, apresentadas pelos próprios autores, mas as diferenças entre elas não são muito significativas;

7. O historiador Marcos Silva, doutor em História Social pela Universidade de São Paulo e professor de História dessa mesma Universidade, publicou um trabalho bastante interessante sobre esse poema, intitulado “Rir do corpo: paródia e riso num poema de Rimbaud e Verlaine”;

8. Informa-nos o professor Silva que, em 1991, José Celso Martinez Corrêa e Marcelo Drummond, do Grupo Oficina, traduziram esse poema e o incluíram na montagem da peça “As boas” (Les Bonnes), de Jean Genet, dando realce à face homoerótica do poema, numa recriação livre, sem rigidez de métrica e rimas. Essa tradução foi musicada e gravada por José Miguel Wisnik.

Eis o poema, no original, em uma de suas versões:

LE SONNET DU TROU DU CUL

Par Arthur Rimbaud et Paul Verlaine

(Druuna: Serpieri)

Obscur et froncé comme un oeillet violet,

Il respire, humblement tapi parmi la mousse

Humide encor d'amour qui suit la fuite douce

Des Fesses blanches jusqu'au coeur de son ourlet.

Des filaments pareils à des larmes de lait

Ont pleuré, sous l'autan cruel qui les repousse

A travers de petits caillots de marne rousse,

Pour s'aller perdre où la pente les appelait.

Mon Rêve s'aboucha souvent à sa ventouse;

Mon âme, du coït matériel jalouse,

En fit son larmier fauve et son nid de sanglots.

C'est l'olive pâmée, et la flûte caline

C'est le tube où descend la céleste praline:

Chanaan féminin dans les moiteurs enclos!



Agora, a tradução literal, de minha autoria, sem preocupação com rima, ritmo e sonoridades (apenas para que o leitor que não domine o francês saiba exatamente do que se trata):

O SONETO DO OLHO DO CU

de Arthur Rimbaud e Paul Verlaine




Obscuro e plissado como um cravo roxo,

Ele respira, humildemente escondido no musgo

Ainda úmido de amor que desce pelas curvas suaves

Dos glúteos brancos até o coração de sua borda.



Filamentos semelhantes a lágrimas de leite

Choraram, sob a tempestade cruel que os expulsa

Por entre pequenos coágulos de argila vermelha,

Para se perder onde as encostas os chamava.



Meu sonho abocanhou muitas vezes sua ventosa (1);

Minha alma, do coito material ciumenta,

Ali fez seu lacrimal selvagem e seu ninho de soluços.





É o fruto encantado(2), e a flauta delicada

É o canal por onde se esvai a celestial pralina (3):

Canaã(4) feminino nas umidades encerrado(5)!


Notas:

(1) “Ventouse”, creio, tem, aí o significado de “orifício”, “abertura”e não, exatamente, “ventosa” (aparelho de sucção).

(2) Olive pâmée: “olive” é azeitona; já o adjetivo “pamée” é particípio do verbo “pâmer”, que é arcaico, e significa “cair em síncope”, “desamaiar” (tomado de uma emoção) “de amor”, “de felicidade”, “de desejo” etc. O adjetivo “pâmant” siginifica “algo que suscita admiração, encantamento”. Portanto, a expressão “olive pamé” é uma metáfora para algo, no caso, um fruto, extraordinário, admirável, que provoca êxtase.

(3) Pralina: amêndoa confeitada.

(4) Canaã: terra prometida, ideal ou idealizada, onde os rios vertem mel e azeite.

(5) Observe que, neste último terceto, o poeta retoma as “umidades”(metáforas tácteis) da primeira estrofe, ao mesmo tempo que se refere, como na lenda bíblica, a rios de mel e azeite, em metáforas sonoras (flauta), olfativas, visuais e gustativas (pralina). O poema, em francês, quase impossível de ser traduzido, é uma cornucópia de elementos sensoriais.


Há várias versões desse poema, para inúmeras línguas. Como curiosidade, uma das versões em inglês, por Oliver Bernard (Collected Poems, 1962):

SONNET TO AN ASSHOLE


Dark and wrinkled like a purple pink

It breathes, nestling humbly among the still-damp

Froth of love that follows the gentle slope

Of the white buttocks to its crater's edge.

Filaments like tears of milk

Have wept in the cruel wind which pushes them back,

Across little clots of reddish marl

To lose themselves where the slope called them.

My dream has often kissed its opening;

My soul, jealous of physical coitus,

Has made this its fawn-coloured tear-bottle and its nest of sobs.

It is the rapturous olive and the wheedling flute,

The tube from which the heavenly burnt almond falls:

Feminine Canaan enclosed among moistures.



E, com vocês, duas versões (ou recriações) em português:


SONETO DO OLHO DO CU

Tradução de Heoloísa Jahn



Obscuro e franzido como um cravo roxo,

Humilde ele respira escondido na espuma,

Úmido ainda do amor que pelas curvas suaves

Dos glúteos brancos desce à orla de sua auréola.

Uns filamentos, como lágrimas de leite,

Choraram, ao vento inclemente que os expulsa,

Passando por calhaus de uma argila vermelha,

Para escorrer, por fim, ao longo das encostas.

Muita vez minha boca uniu-se a essa ventosa;

Sem poder ter o coito material, minha alma

Fez dele um lacrimário, um ninho de soluços.

Ele é tonta azeitona, a flauta carinhosa,

Tudo por onde desce a divina pralina,

Canãa feminino que eclode na umidade.


(Para ser caluniado – Poemas Eróticos, tradução de Heoloísa Jahn)



SONETO DO OLHO DO CU


(Tadução de Marcos Silva)




Obscuro e pregueado cravo violeta

Respira, humildemente no meio da espuma

Inda úmida de amor que em doce encosta ruma

Da brancura da bunda à beirada da meta.



Filamentos tais como lágrimas de leite

Choraram, sob o vento cruel que os repele,

Através de coágulos de barro em pele,

P’ra se perder depois onde a encosta os deite.



Mi’a boca se ajustou muita vez à ventosa

Minh’alma, do coito material invejosa,

Fez ali lacrimal e de soluços ninho.



Azeitona em desmaio e taça carinhosa

O tubo onde desce celeste noz gostosa

Canaã feminino em suor muradinho!




Bem, aí está, portanto, o resgate em termos poéticos de uma parte do corpo humano que os humanos em geral consideram sujo e indigno de menção, a não ser em situações de extrema irritação, quando emerge das bocas menos insuspeitas o famoso “vá tomar no cu”. Verlaine e Rimbaud, dois dos maiores poetas de todos os tempos, provam que o ser humano, essa maravilha ainda imperfeita de milhares de anos de evolução, não pode ter preconceitos em relação a seu próprio corpo, nem o poeta (ou escritor) preconceitos ou medos em relação às palavras. Nada é sujo, nada é sagrado: tudo é natural.





terça-feira, 28 de novembro de 2023

CANDAULISMO

 


Candaulismo é o prazer de ver a parceira simplesmente sendo exposta à vista de outras pessoas, se divertindo ou fazendo sexo com outra pessoa. É uma prática masculina, mas há também mulheres candaulistas.


A prática candaulista masculina mais comum é a de homens que se contentam que outros homens apreciem suas mulheres, babem por elas. Isso pode reacender a chama da paixão. Mas muitos a praticam por razões como por uma incapacidade física qualquer (impotência, cansaço ou qualquer outra coisa) ou ainda por idade avançada que os impede de fazer amor com a companheira. E esse último motivo pode ser uma forma de compensação, como o fato de terem família, filhos, de ainda se amarem, mas eles não querem privar a parceira, por exemplo, mais nova, do prazer sexual.


Em muitos casos, o casal pode participar de um clube libertino ou de um site libertino e será o marido quem vai escolher quem vai transar com a sua esposa, tendo até mesmo o poder de interromper o ato a qualquer momento, se não se sentir à vontade ou confortável.


Homens bissexuais ou homossexuais podem, de alguma forma, satisfazer sua fantasia de sexualidade por meio do candaulismo, vendo outro homem foder sua parceira ou parceiro. No entanto, não tire conclusões precipitadas: na maioria das vezes não é porque você vai foder a parceira ou o parceiro de outro homem na frente dele que esse homem necessariamente vai-se deixar tocar, ele está de fato excitado pelo ato, só pelo espetáculo.



Muitos homens se empolgam com a ideia do candaulismo, pela possibilidade de excitação que ele oferece. Mas, atenção: você tem que estar confortável com a ideia de estar com outro homem na sala, com a energia masculina dele, sua ereção, e também precisa de boa comunicação com o outro casal (se for o caso) e ter certeza de que isso os empolga, que é realmente o que eles querem, que ninguém vai ficar com ciúmes depois.


Também deve haver um outro cuidado por parte da mulher: ela não deve aceitar do novo parceiro o que ela recusa ao seu homem, esse tipo de prática pode ser desaprovada, por provocar situações constrangeras para o próprio casal. E mais: o amante e a esposa não devem se encontrar novamente em segredo, isso deve permanecer uma prática de devassidão com o consentimento de cada um, não deve ser levado para o terreno da traição.


Um risco que se corre em práticas sexuais com outros parceiros são as doenças sexualmente transmissíveis, as DSTs, e uma gravidez não desejada. Então, é claro que tem que se proteger, obrigar o convidado a usar sempre camisinha, para que ele fique à vontade e consiga uma boa ereção para homenagear a mulher.


Para encerrar, o candaulismo não é prerrogativa dos homens, mesmo que haja uma grande maioria de homens candaulistas. Algumas mulheres também apreciam a prática de ver o seu homem trepando com outras mulheres, e assim como eles, se tocam e se masturbam com o espetáculo. E o protocolo para elas é exatamente o mesmo que para os homens, os mesmos cuidados, para obterem o prazer que é ver o parceiro tendo prazer com outra pessoa.

(Jean-Léon Gérôme - El rey Candaules)


Nota do blog: O candaulismo tem origem numa história contada por Heródoto, sobre o rei Candaules e sua esposa. O texto, você pode encontrá-lo, no blog TRAPICHE DOS OUTROS, neste endereço: 




(Do original em francês, assinado por Fabrice Julien. Tradução e adaptação do blog).

Fonte:

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

PRIAPO, UM DEUS MENOR, MAS MUITO POTENTE...

 


“A Priapeia é um conjunto de poemas em grego e em latim a respeito de Priapo, divindade que tem como principal característica o falo ou o membro genital enorme.”


“A figura de Priapo originou-se das imagens fálicas diante das quais se desenvolviam as orgias dionisíacas. Nas festividades de Dioniso, ocorria a a falofória, procissão em que um enorme falo era transportado pelo falófaro, sacerdote ‘que porta o falo’. [*]



Entre os séculos III e II a.C., a imagem de Priapo é colocada nos jardins e nas hortas, como forma de proteção contra ladrões. Selecionamos alguns poucos poemas da priapeia grega e latina, como exemplo não só do culto ao deus, mas também do tipo de proteção que os poetas expressavam ao colocá-lo como deus de seus jardins. Divirta-se com os belos paus em posição de descanso e eretos, num antes e depois que vai dar água na boca dos apreciadores do deus priapo:


(Nota: a pronúncia correta é mesmo PRI-Á-PO, não príapo, como aparece na maioria dos textos que tratam do deus).



PRIAPEIA GREGA




Em todos meu priapo enfio até em Cronos:

ladrão algum na horta discrimino.

Por legumes e abóboras dirão que não

convém dizê-lo. Não convém mas digo.



- “Maduros vejo os figos. Se me permitires

colher alguns...” - “Não toques nem num só!”

- “Priapo irado!” - “E peço-te um favor, e não

Virás em vão: me dá, que estou carente!”

- “Queres algo de mim? Diz!” - “Há uma lei: QUEM DÁ

RECEBE”. - “Tu, que és deus, queres dinheiro?”

- “Quero outra coisa.” - “O que é?” - “Após comer meus figos,

Teu figo aí detrás me dá contente.”


PRIAPEIA LATINA




O que deixa molhada em mim a parte

que dá indícios de que sou Priapo

não é orvalho, crede, e nem geada,

mas o que sói por si sair de dentro

se a mente evoca alguma jovem puta.





Não vás corar, Priapo, só porque

te pesa o teso pau, porque o censura

este poeta em versos seus: maior

volume não tens que o poeta.





Não vás dizer que não te dei aviso:

chegas roubando; partes arrombado.




Se a doçura de um figo desejares

e a mão quiseres esticar aqui,

olha p’ra mim, ladrão, pondera o custo

em peso que será cagar meu pau.


[*] Fonte: João Angelo Oliva Neto, in FALO NO JARDIM – PRIAPEIA GREGA, PRIAPEIA LATINA; traduções do autor.

segunda-feira, 26 de junho de 2023

MODA ESTRANHA, ESSA... DE CALÇAS RASGADAS. MAS, ASSIM, VOCÊ NUNCA IMAGINOU!

 

As calças jeans rasgadas – dizem “customizadas” – em pontos estratégicos das pernas são um convite a que pense em possibilidades mais ousadas. E foi o que fizemos: imaginamos. E encontramos! Então, que tal curtir estas moças ousadas e suas calças rasgadas?



























sexta-feira, 28 de abril de 2023

VAMOS FALAR DE AMAMENTAÇÃO?

 


Todos sabemos que a aleitação materna tem enorme importância para a saúde do bebê e deve ser sempre incentivada. Mas... como esse blog vê sempre o lado erótico de tudo, vamos falar do leite materno sob um outro ponto de vista, a LACTOFILIA, um fetiche de que poucos falam, mas que é mais comum do que se pensa.

Hans Sebald Beham - Cimon and Pero

Lactofilia ou amamentação de adultos. Ter prazer em dar o peito a um adulto, como se ele fosse uma criança. E esse adulto – homem ou mulher – ter prazer erótico em ser amamentado, ou seja, em sugar o seio da mulher lactente, da mulher que ainda tem leite em suas mamas.

Mattia Preti - Caritas Romana

Então? Vamos curtir essa parafilia? Afinal, não custa experimentar novas sensações, novos sabores – se isso é consensual e se a prática ocorre sem prejuízo ou constrangimento para nenhuma das partes. Para saber mais, leia o artigo que se segue:


LACTOFILIA OU AMAMENTAÇÃO ADULTA:

UM FETICHE COMUM, PORÉM POUCO DIVULGADO


A LACTOFILIA ou lactação erótica (ADULT BREASTFEEDING) pode ser praticada por qualquer mulher, mesmo aquelas que não estejam grávidas ou pós-gestação. Toda mulher é capaz de produzir leite. No caso de não lactante é preciso tomar algum remédio para ajudar a produção; remédios para descer o leite como plasil, Syntocinon que é um spray nasal que você espirra no nariz 15 minutos antes de dar o peito… simplesmente em segundos sente o leite descer. Existem outros remédios sem contraindicação, mas estes dois são mais comuns. Importante é a mulher ficar relaxada, evitar estresse, discussão antes da amamentação, barulho excessivo... estar tranquila e em paz. Durante o dia é importante a mulher tomar bastante líquido, água, sucos naturais e principalmente canjica que é muito bom para aumentar o volume do leite.


Importante! Se a mulher não está gestante para produção do leite de forma natural é fundamental a ajuda e empenho do parceiro ou parceira para começar a produzir o leite. É necessário estimular com sugação os dois seios todos os dias até o leite começar a jorrar. O ideal é abocanhar toda a aréola do seio, e não apenas o bico. Outra coisa importante, o parceiro ou parceira tem que mamar nos dois seios e não em um seio de preferência, fazer alternância no mesmo dia entre um e outro, pois quando não esvazia os dois seios corre o risco de ficarem pedrados e doerem muito chegando a dar uma leve febre ou mastite. Outra coisa essencial retirar os piercings mamários durante este período.


Mulheres com seios médios a grandes têm muito tesão nas mamas. Porém, nos dias que não tiver a amamentação adulta a mulher terá que retirar o leite através de bombinhas para não deixar inflamar ou pedrar as mamas. É obrigatório ter vários cuidados com as mamas, inclusive a hidratação da pele de todo seio com cremes ou óleos de amêndoas ou algodão, sutiã reforçado e principalmente massagear os bicos puxando levemente para frente torcendo para direita e esquerda na hora do banho morno para aumentar, fazer o bico ficar tipo bicudo ou chupeta e não rachar.


A bomba de peito pode ser utilizada para estimular a mama, quando o parceiro ou parceira não puder, porém não é a melhor escolha, pois provoca muitas rachaduras no bico do peito. A sucção da boca aumenta a potência erótica do ato, porque tem o efeito psicológico do contato da língua e das carícias, além da visão e dos sons e sussurros que são altamente excitantes para as mulheres. Depois de alguns dias de estimulação, obtém-se maior quantidade de leite materno, para o prazer de ambos.

É difícil encontrar o amor quando se curte amamentação adulta


Na história, a amamentação adulta é mais comum do que imagina. Temos a famosa lenda romana de Pero, que amamentou o seu pai, Cimon, quando este estava preso; há exemplos de mulheres a amamentarem adultos doentes na Inglaterra pré-industrial; em 2007, um clérigo muçulmano causou polémica ao anunciar que era aceitável as mulheres amamentarem homens adultos. Em 2013, amas de leite chinesas causaram burburinho por oferecerem leite humano como suplemento nutricional.


Apesar de o fetiche ser muito mais comum do que se imagina, os adeptos encontram muitas dificuldades para pôr em prática a tara por lactação, conforme os relatos abaixo.


Eli nunca soube que gostava de leite de peito até experimentar. Foi por acidente. Quando tinha 30 anos, namorava uma mulher que tinha uma filha de dois e que tinha parado de amamentá-la apenas uns seis meses antes. Uma vez, enquanto estavam na cama, simplesmente aconteceu. Durante algumas semanas nenhum deles falou do incidente, mas quando finalmente abordaram o assunto, descobriram que tinham gostado muito da experiência. Tanto, que a namorada de Eli lhe telefonava sempre que lhe doía o peito, o que significava que ele passava na casa dela antes do trabalho e à hora de almoço.


Eli, natural de Filadélfia, nunca tinha procurado um relacionamento de amamentação adulta (ABR em inglês) anteriormente, mas depois daquele namoro não conseguia separar amamentação de tesão. Mas, como expressão sexual, a amamentação adulta ainda é considerada problemática para muitos psicólogos e um tabu para muitas pessoas.


A vida com um fetiche por leite é ainda mais difícil para Laura*. Ela é uma universitária lésbica poliamorosa, que mora no que ela descreveu como uma parte muito rural de Appalachia: "namorar, para alguém como eu, já é difícil por si só". Mas o seu interesse por amamentação coloca-lhe uma barreira adicional, de que ela tem há muito tempo tem consciência.


Ao contrário de Eli, Laura nunca teve o luxo de namorar alguém que estivesse em lactação. Pensava que só precisava de esperar até ter um filho e toda a gente com quem namorasse durante a lactação ficaria curioso para experimentar o leite e as coisas partiriam daí. "Ou, quando o bebé estivesse a dormir e a pessoa dissesse 'a minha mama está inchada, preciso de ajuda'", explica. "O parceiro ofereceria ajuda".


Há alguns anos, a parceira de Laura curtia outro fetiche chamado feederism, que é o desejo de ver alguém engordar. Ela achou que o desejo da namorada em ver os seus seios encherem-se de leite andaria lado a lado com o seu desejo de amamentar. Foi pesquisar na Internet e descobriu que alguns suplementos naturais como o Domperidona, ilegal nos EUA, fazem as mulheres produzirem leite sem passarem pela gravidez. "A droga é impossível de comprar aqui", salienta, mas está amplamente disponível em farmácias da China e Índia.


"Morri de medo enquanto esperava a entrega, de poder ter problemas por ter feito o pedido", recorda. "Mas a 60 dólares por 300 comprimidos, pareceu-me um negócio demasiado bom para deixar passar". Usou cardo de leite, passou óleo de linhaça nos seios e comeu muitas papas de aveia para ajudar a lactação, além de comprar uma bomba na Internet para começar as operações. O processo era trabalhoso, exigindo que ela fizesse a sucção durante 20 minutos a cada quatro horas.


Mas quando falou sobre o tema à sua companheira, a reação foi morna. Não necessariamente negativa, mas também não muito empolgada. "Ela tentou mamar algumas vezes, mas, no final de contas, dava para ver que não estava interessada e eu decidi não a pressionar", explica Laura. Como resultado, terminaram o relacionamento.


UM ANÚNCIO E UMA CONFISSÃO: TENHO FETICHE EM MAMAR SEIOS DE MULHERES




Procuro uma mulher que tenha o fetiche ou curiosidade de amamentar um adulto. Desde os 16 anos tenho esse fetiche, e [acho] que muitas mulheres também o têm. Aos 16 anos uma tia minha, já casada, estava trocando de roupas no quarto, colocando um biquíni, pois na casa dela tinha piscina, quando entrei e a surpreendi só com a parte de baixo do biquini. Ela tinha os seus 35 anos... Estava amamentando uma prima recém-nascida e, pela minha idade, não se importou de vê-la com os seios à mostra. Não os cobriu, apenas os tampou levemente com uma mão, e me pediu para pegar uma toalha pequena que estava em cima de sua cama, pois os seios estavam pingando muito leite. Enquanto ela os apertada, tirando o leite, ela falava que doía muito,pois a filha não amamentava todo o leite, e esse acabava empedrando em suas mamas.


Disse-me que precisaria de mais um filho recém-nascido para chupar todo o leite... Aí, eu, inocentemente, disse a ela : - Tia, se quiser posso chupar seus peitos para a senhora. A princípio, ela me olhou com desconfiança... Depois me disse : -Se você me prometer não contar para ninguém, eu te deixo chupá-los para mim, pois vai me ajudar muito. Então, eu os chupei.


Eram férias e eu pedi para passar alguns dias em sua casa, pois tinha piscina. O pedido foi prontamente aceito por ela e minha mãe. Meu tio nem desconfiava, mas todo dia ela me chamava para chupar seus seios, duas vezes ao dia, quando não tinha ninguém na casa ou a empregada estava do lado de fora da casa fazendo algum serviço. Como ela deu de mamar a minha prima até quase seus 2 anos de idade, mamei bastante nela...


Depois, mesmo não tendo leite, ela me chamava para mamar seus seios. Disse que era para estimular o leite e porque ela tinha seios pequenos, e gostava de vê-los maiores com o leite. Por algumas vezes, ela suspirava..., mas sei que era de prazer. Algumas vezes de biquíni, a percebia a cariciar sua vagina... Mas, depois ela se mudou para outra cidade e..., só a vi depois de 10 anos.


Continuei a mamar seus peitos, sem leite, anos a fio, mas isso já e outra história. Nesse meio tempo, acabei desenvolvendo o fetiche de mamar peitos, com ou sem leite, grandes ou pequenos, e descobri que há mulheres que gostam de amamentar adultos, outros homens, tenham parentesco ou nao com elas, e em relações casuais ou constantes, que poderiam ter só o ato da mamada ou algo mais...


Mas, e difícil encontrar mulheres assim, que assumam esse seu fetiche, pois têm vergonha dele, ou de se relacionarem com outros homens que não conhecem. Muitos maridos não gostam de mamar em suas mulheres antes, durante e após a lactação. Eu adoro. E, mesmo sem leite, adoro mamar e estimular a produção dele, quando a mulher deseja, seja para evitar o "empedramento" de leite nos seios, dar um formato mais belo ao seu seio, para emagrecer, para evitar câncer de mama, para se relaxar e se aliviar do stress, ou ate mesmo para aumentar a produção de leite (antes ou durante a lactação de bebês), ou pelo simples prazer de dar de mamar e ver seus seios serem mamados por um adulto.


Então, busco uma mulher para me amamentar e poder lhe proporcionar esse prazer; sou uma pessoa discreta, cúmplice e confiante, carinhoso, compreensivo e de nível superior, branco, alto, calvo, meia idade, menos de 50 anos. Tenho muita pratica, sou especialista em estimulação de leite e, caso a mulher deseje, gosto e posso mamar seios com eles tendo ou não leite. Mamo muito gostoso o seio de uma mulher. Sou muito discreto e peco discrição.


Não tenho nenhum tabu quanto a mulheres casadas ou virgens, magras ou gordas, ou de qualquer cor ou credo, e tenham elas seios pequenos ou grandes, firmes ou caídos. Para mim, todos são lindos. E o ato de amamentar é maravilhoso. Não faço questão de sexo, caso a mulher só deseje ser mamada, pois curto o fetiche de só ficar mamando, mas estou aberto a toques mais íntimos.


Adoraria encontrar uma mulher que goste de dar o peito para um homem mamar mesmo não tendo leite, e adoro me sentir acarinhado e relaxado, acho isso bom demais, e ao mesmo tempo dar carinho à mulher durante o ato. Posso receber durante a semana, pela manhã ou tarde. O que me falta é encontrar essa pessoa... E ai pergunto : - por que as mulheres têm tabu em dar de mamar a um homem adulto? - as mulheres não tem fetiche em amamentar um adulto?


(Nota: nomes fictícios).



Fontes:

http://robertacarrilho-div.blogspot.com.br/2016/07/lactofilia-ou-amamentacao-adulta-um.html

https://www.vice.com/pt/article/ypmknk/dificil-amor-pra-quem-curte-amamentao-adulta

ILUSTRADORES: GEORGES PICHARD (Paris, 17 de janeiro de 1920 — 9 de junho de 2003)

  Aprecio muito o trabalho dos ilustradores, geralmente desenhistas exímios, que se dedicam, muitas vezes, a ilustrar a publicação de obras ...